No breu sem nome, sou o César
Em Roma, o fogo dos tempos de Nero
O que creio e gosto, reitero
Sou o Augusto censor da Terra!
Sou a ânsia da ignorância,
A violência no comentário,
Não sou santo, mas sectário
Sou o vilipêndio na infância
Ícone mor dos iconoclastas
Sou ferino e muito audível
Eu falo o indizível
Sou a máscara dos crápulas
Sou a hipocrisia resguardada
O baluarte da velha guarda
Que ofende, atemoriza e acovarda
Sou o verbo que paralisou
O conselho que destruiu
Sabes agora quem te denigriu?
Eis-me aqui! Cá estou!
Eu roo o que me contraria
Para salvar o mundo da rataria!