sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Sereno
O soluço do lago após o cair da brita,
A água emerge à margem sonolenta,
Súbito círculo aquático a se expandir,
Mas logo o lago será sóbrio e ledo novamente.
Enche-me de paz, quem contra mim grita.
Não me rouba o sossego, a turba violenta.
Quem quer me apequenar só me faz subir.
E logo lépido, lírico e límpido, seguirei em frente...
A brisa embala a folha morta num acalento...
O vento macio que canta sobre meu ouvido...
Tudo faz lembrar a serenidade da nascente...
Tudo tranquiliza, mesmo diante da serpente...
Não desequilibrar ante o logro do estampido...
Ter paz interior, ainda que haja um atroz tormento...
Nada me perturba, nem a turba turva. Nem a turba turva......
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